Hemorragia Auditiva — Parte 2
Hoje tem um monte de metal na lista com as bandas Ne Obliviscaris, Darkenhöld e Oak Pantheon.
Comecei o dia ainda meio anestesiada pela série do Demolidor e nada melhor do que ouvir música pra dar uma desencanada e conseguir ter foco no trabalho. Troquei um pouco a ordem da minha playlist pra ouvir de novo uma das minhas descobertas recentes mais queridas.
Ne Obliviscaris — Citadel
Essa banda chegou a alcançar os charts tanto de rádio quanto da Internet em seu país de origem, a Austrália, em 2014 com este álbum de inéditas e não é a toa. Apesar de ter músicas complexas construídas sobre uma mistura melódica, progressiva e extrema, o apelo comercial da banda é muito grande, o que com certeza é um feito difícil de conquistar.
Na verdade o rock como um todo precisa sair do ostracismo com bandas que saem da caixinha e não tenham medo de se aventurar em diversas possibilidades ao mesmo tempo, deixando essa história de “classic” apenas como influência e não como guia criativo supremo e inviolável. Hoje em dia quem quebra as regras do jogo é o vencedor. Bandas que fazem o que gostam e não se detém a rótulos imprestáveis são as que saem ganhando no meulast.fm e no meu coração. ❤
Siga meu conselho e deixe-se conquistar por essa experiência linda do Ne Obliviscaris ouvindo logo de cara a música Devour Me, Colossus (Part I), a quinta faixa do Citadel.
Seguindo em frente com mais um CD daquela lista interminável de Black Metal que eu selecionei um tempo atrás. Essa banda faz parte da cena crescente do estilo na França, que na minha humilde opinião tem boa parte das melhores bandas do estilo, como o Deathspell Omega e o Blut Aus Nord.
Castellum by Darkenhöld
Caros amigos, apesar de fazer parte de uma das cenas mais prolíficas e promissoras no momento, estamos diante de mais um trabalho de Black Metal medieval. Eu gosto muito do estilo em especial por causa do Summoning, que segue uma linha mais etérea e tranquila (dentro do possível), mas já está tão cansativo as banda malvadonas da idade média… Apesar disso a banda é bem coesa, tem uma linearidade interessante no tema mas… Meh. Quase passei direto, não prendeu a minha atenção. Falta aquela entrega real de quem compõe e de quem toca essas músicas.
Pra encerrar a o Hemorragia Auditiva de hoje e fazer um contraponto com o CD do Darkenhöld, tem uma mistura que eu gosto bem mais que são elementos mais folks com um metal mais atmosférico e experimental, e eu achei bem interessante a proposta.
Oak Pantheon — From a Whisper
O espírito dessa banda americana é completamente do heavy metal mais clássico, mas não é o elemento dominante. Com a cozinha fervendo no black metal na maior parte do tempo, o resto do grupo transita livremente entre elementos de doom, a leveza do folk e riffs alternando entre o tradicional e o progressivo. Uma delícia de escutar e em muitos momentos me lembra o monumental Agalloch, em especial na faixa título do CD.
Tem alguma dica pra me dar? Me avisa aí que eu coloco na fila 😀