As Flores do Mal-Querer









As Flores do Mal-Querer foi originalmente publicada nas minhas redes sociais no dia 3 de maio de 2024.
Eu nunca tinha desenhado uma história antes e foi um tanto catártico. Tinha acabado de passar por uma frustração profissional enorme relacionada aos quadrinhos e fiquem tão trilili da cabeça que muitos sentimentos ruins vieram. Junto com eles, no entanto, veio um inconformismo muito grande.
Eu não aguentava mais escrever minhas histórias com tanto esmero nos roteiros e sentir uma frustração tão grande pela demora pra sair ou então por não sair do jeito que eu gostaria. E, claro, isso não é culpa de ninguém especificamente. Só acho difícil qualquer outra pessoa ter a mesma consideração que eu mesma tenho pelas minhas ideias.
Então eu me arrisquei e fiquei surpresa com o impacto positivo que As Flores do Mal-Querer trouxeram.
Escrevi esse texto logo após a morte do meu pai. A experiência que passei na pele foi um divisor de águas na minha vida e portanto ficou no meu pensar por muito tempo. O horror corporal, que sempre fui tão fã na ficção, se materializou na minha frente ao ver um corpo perdendo a vida. A inação nessa hora faz qualquer um ter visões místicas e infantis sobre mudar o destino de alguém.
Mas agora a brincadeira acabou.
A vivência tão explicita da morte de alguém que pautou toda a minha vida com a sua existência fez algo novo nascer em mim como artista.