Bastardos Inglórios: sente e aprecie uma bela vingança
Aldo Raine e sua trupe de vingadores chega na tela do cinema pra acabar com a raça dos Nazistas franfarrões que dominaram a França e estão matando todos os judeus que aparecem na frente deles.
É sob essa premissa que Tarantino criou um dos filmes mais badass do ano: Inglorious Basterds. Sabe, o Quentin é um filho da mãe que consegue me deixar de queixo caído. Este filme é simplesmente o casamento perfeito da sede de vingança com a ironia. Apesar de ter menos sangue do que eu esperava, a violência do sarcasmo, a tensão das cenas de dialogo e as ótimas sacadas de um humor extremamente inteligente valem as quase três horas com a bunda na poltrona do cinema. Além de tudo isso, o poliglotismo (???) do filme me deixou mais apaixonada ainda por ter línguas que eu amo e que quero estudar ao longo da minha vida.
Uma coisa que eu quero deixar bem explicita aqui é a minha admiração pelo elenco. Sério, acho que não há nenhum papel que eu diga “desnecessário”. Porém, eu não posso deixar de comentar sobre 3 papéis aqui que realmente são espetaculares:
- Hans Landa (Christopher Waltz): OMFG. Melhor. Ator. A atuação que esse cara deu ao Caçador de Judeus com cara de cachorrinho manso não está dentro da minha compreensão. A personagem é muito rica, claro, a idéia do Tarantino aqui foi fundamental. MAS realmente não poderia ser qualquer um pra dar o sopro de vida pro Landa. Em primeiro lugar: ele fala 4 línguas perfeitamente bem. Além disso, o timing perfeito dos longos diálogos do filme (que ele sempre está, lógico), momento em que a personagem expõe seu lado curioso e sua malandragem de raposa, deve-se muito ao ator. Fiquei pasma. Fuçando, vi que ele está no elenco em um filme dirigido pelo Gondry. Outra coisa que estou doida pra ver.
- Aldo Raine (Brad Pitt): Ah, Brad Pitt. Que sotaque belíssimo do Tennessee. Ok, falando sério agora: o melhor toque comico do filme todo. O jeito dele me lembrou um carioca malandro + o sangue nos zói de um polícial do BOPE. Ah, que comparação ridícula. Enfim, o que importa é que nada poderia ser mais engraçado no filme do que ele falando italiano. Um dos caras badass de estimação da minha vida, junto com o Stallone Cobra, por exemplo.
- Donny Donowitz (Eli Roth): Por que ver Donny matando alguém com um taco de baseball é como ir com Donny ao cinema. O que me surpreende é a versatilidade do Eli Roth. Eu vi sangue nos olhos dele, EU VI! Um ódio sem tamanho na cara dele metralhando, batendo com o taco de baseball. ANIMAL. Eu leva pra casa e criava no quintal pra me defender, de tanta raiva que ele tinha no coração. Eli Roth destruiu, e a menção aqui é especialmente pelo fato de que talvez ser ator aqui é só uma das facetas dele.
Mas de resto, o elenco todo me deixou de queixo caído, principalmente pela sintonia.
Quanto a narrativa, tem o estilo Tarantino total: desapego, sarcasmo, humor negro, ironia. Sem falar que esse filme é a resposta dos sonhos de muitas pessoas que foram prejudicadas pelo nazismo. Quer sair do cinema falando “OMFG”? Vá assistir Inglorious Basterds 😉
Mais do que de Donny Donowitz, achei sensacional a composição do personagem Stiglitz. Impagável a cara de fúria incontida que ele faz na mesa de jogo, logo antes de explodir com uma automática os testículos de um oficial nazista. Mas a cena que arrancou risos foi mesmo o Aldo Raine tentando se passar por italiano, com sotaque do Tenessee… justamente com o Landa! Dei umas boas risadas. (weber.palmieri@gmail.com / twitter: @weberpalmieri)