Zona Verde – sobre suposições da guerra do Oriente Médio

Não tenho muitas expectativas em filmes de guera do século 20 e 21 em geral. O tema militar é muito e legal e tudo mais, mas geralmente durante os filmes eu não me divirto tanto quanto em outros generos, e se tenho uma lista pra assistir posso te garantir que os de guerra não são prioridade. Claro que O Resgate do Soldado Ryan é uma excessão, e eu AMO ese filme. Poderia citar Bastardos Inglórios como filme queridinho de guerra, mas Tanrantino levou a coisa a outro nível, é um clássico.

Aí fui ver Zona Verde no último feriado, que trata do assunto mais virado do avesso da última década: a guerra iniciada pelos Estados Unidos no Oriente Médio. Tudo acontece após a queda de Saddam. Uma tropa de soldados é enviada aos becos de cidades em Bagdá para encontrar uma arma biológica, e sempre voltam das missões sem sucesso. Na verdade posso dizer que é mais guerrilha urbana até, são poucas as cenas de guerra realmente tensas.

Mas Matt Damon sempre é o cara que está ligado em tudo em seus filmes, e não seria diferente nesse. Ele interpreta Roy Miller, que começa a desbaratinar toda a encrenca por trás das missões que ele comandava, e que não davam nenhum resultado. A partir daí tem muitas teorias da conspiração, imprensa, CIA, o governo tanto do Iraque quanto dos EUA envolvidos enfim. Tudo aquilo que você sempre ouviu falar que essa guerra era um embuste só para o favorecimento próprio dos EUA está filmado em uma linha de raciocínío do diretor Paul Greengrass, que também é o diretor da trilogia Bourne. Aliás, sinto que devo fazer um post de devaneios tentando entender porque certos diretores se apegam tanto a certos atores. Enfim.

Matt Damon em Zona Verde

O filme em si é regular. O roteiro é tão rápido e eletrizante que, meu amigo, não sei se há furos, eu teria que ver de novo. Pelo menos percebi que minha linha de raciocínio está conseguindo acompanhar bem esse tipo de filme, antes eu era bem mais lenta e entendia muito menos *digivolução*.

Mas sobre o contexto do filme, eu acho que é uma tecla tão batida pra ficar remoendo. Como eu disse lá em cima, se trata do assunto mais virado do avesso da última década, mas esse american pride ainda não morreu, obviamente por ter tropas lá no Iraque ainda com os filhos de sua nação. Pelo menos não é um filme que defende o orgulho e a perfeição americana como costuma ser o hábito do genêro quando é rodado por equipes e diretores americanos.

De resto, é realmente um filme regular: nada demais na edição, na fotografia, no figurino, na trilha sonora. Na atuação do protagonista não há nenhuma novidade, é o de sempre também. Apesar disso acho que Seyyed (Said Faraj), o iraquiano que acaba virando cúmplice dos americanos e peça chave dessa história, merece um destaque por parecer um bobo e ser muito troll no fim do filme.


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