Abara #1
Demorou pra falar de mangás aqui né? Pois é meu amigo, foi por causa deles que eu comecei a ler Sandman, então nunca subestime o poder dos desenhos japoneses.
Já havia algum tempo que eu não comprava mangás. Só que em uma ida a uma banca de jornal (isso é sempre tão perigoso, saio pobre sempre) eu me deparei com a capa de Abara. Como eu gosto de mangás que não são fofos! Sempre são subestimados, mas são os melhores, veja Éden e Monster por exemplo.
Olha só o porque eu me interessei logo de cara:
Não é pra amar? <3
Enfim, comprei no ato e fui lendo direto. A conclusão que eu cheguei foi um grande WTF.
Em um lugar com uma geografia completamente bizarra, uma cidade se desenvolve acima de algo que é muito mais do que um monte de relevos e montanhas exóticas. Já de ínicio vemos uma pessoa procurando o serviço precário de atendimento para ser atendido com urgência. Sua mão não para de se mexer involuntáriamente. E daí começam a acontecer diversas manifestações de Gaunas pela cidade. Gaunas são criaturas antigas envoltas por um tipo de carapaça inexplicavel.
A trama corre em volta da Kegenryou (organização vigilante especializada em controlar Gaunas) e seus agentes, o departamento de segurança nacional e de seres estranhos soltos pela cidade. O grande problema desses Gaunas é que eles comem pessoas, muitasao mesmo tempo. Aparentemente estão tentando esconder a todo custo aexistenciadosgaunas, mas como alguns civis se tornaram involuntariamente começa a ficar difícil.
Há uma diferença entre essas criaturas: existem Gaunas brancos e negros, e não entendi nadada diferença entre eles. Talvez no segundo volume seja melhor explicado.
O roteirista e desenhista desse mangá, o Tsutomu Nihei, realmente fezalgo muito denso nas ilustrações. As perspectivas da cidade são incríveis por ter muitos prédios e poços, mas as cenas de batalha dos Gaunas ficam muito difíceis de entender por causa dos milhares de detalhes e da intensa utilização do preto.
Bom, eu ainda quero ler o segundo volume mas eu não entedi quase nada ainda.
Nossa muito show, mas terei q ficar longe da banca pelo mesmo motivo que o seu rs senão fico pobre de vez rs
Tsutomi Nihei gosta criar de histórias confusas, onde pouco se entende. Na verdade, desde que li o aclamado "Blame!", percebi que na verdade a grande história está no cenário que ele apresenta. O desenvolvimento do cenário e a sua influência sobre a vida dos personagens é o que importa, para ele.
@Emanoel Melo
Bom ouvir coisas de quem conhece o trabalho do cara, os cenários realmente são absurdos e doidos e acabam sendo o destaque, ao invés da história.
@Alfio
é duro lidar com o vício sem ficar pobre hehe.