Homorragia Auditiva – Parte 1

Eu quero escrever sobre alguma coisa, então vai ser sobre música mesmo.

Comecei o dia continuando a minha fila de uns 60 CDs no Rdio com uma banda que conhecia apenas de nome, não me lembro de ter ouvido antes:

Drudkh — Blood in Our Wells

Essa banda é ucraniana e o CD foi lançado em 2006. Realmente não me lembro por qual razão eu adicionei na playlist, deve ter sido um dos meus surtos de black metal atmosférico folk malvadão, já que existem vários desses na sequência. Eu gostei muito da cadência dos riffs nesse CD, não é o tempo todo aquela urgência de pedaleira dupla, chega até a flertar com o doom em alguns momentos. When The Flames Turn To Ashes, a terceira faixa do disco, é um bom exemplo disso.

Lendo rapidamente as letras deu pra perceber que se trata de uma banda que flerta com o nacionalismo e narra a trajetória de um insurgente no meio de uma guerra. Nada de novo por aqui e eu tô bem cansada dessa levada nacionalista bem discreta (ou nem tanto) que várias bandas gostam de fazer. Tô em uma fase de gostar de bandas mais psicodélicas, então imagine você se estou disposta pra isso. Se você conhece a banda melhor do que eu por favor me avise se estou falando um monte de asneiras.

Em seguida eu provavelmente tive algum gatilho nostálgico que inclusive me fez parar de ouvir o CD do Drudkh me fez lembrar disso aqui:

Linkin Park — And One

Olha a que ponto eu posso chegar. Com 13 anos eu definitivamente não tinha internet, e meu único recurso de música era a TV. A MTV bombava o Linkin Park na época do Hybrid Theory e eu virei uma fã imediata, curtia demais na 8ª série e comecei as minhas roqueiragens por ali mesmo. ~~~~ Só deus pode me julgar ~~~~ Essa música especificamente sempre foi uma das minhas preferidas porque é a real essência da banda antes de virar esse projeto de U2 de hoje em dia. ¯\_(ツ)_/¯


Vocês sabem né, eu precisava corrigir meu cérebro depois do ataque de nostalgia e do almoço com música boa e nada mais parecia fazer sentido depois de ouvir a música desse vídeo aqui:

Isis — So Did We

Eu não tenho palavras pra falar sobre Isis, essa banda americana maravilhosa. Apenas sentimentos. Infelizmente a banda acabou e um grupo terrorista usa o mesmo nome (abreviação maldita), mas isso não tira o esplendor do que esses caras eram capazes de fazer juntos. O equilíbrio perfeito entre técnica, melodia e criatividade da banda atingiu seu auge no CD em que essa música do vídeo está, o Panopticon. Esse era bem frequente na minha playlist lá pelos idos de 2005, mas eu só ouvia e não conseguia enxergar que coisa linda estava na minha frente. Aparentemente 10 anos me fizeram muito bem nesse sentido, inclusive na minha percepção de todas as bandas que nasceram pra ser tornar expoentes do metal experimental em várias gerações e nacionalidades, como o Neurosis, Pelican, Godflesh, Cult Of Luna, Tool e muitas outras que certamente vão aparecer por aqui de vez em sempre.


Espero que vocês tenham se divertido, ou não, já que textões não divertem mais ninguém. Eu só precisava escrever sem parar um pouco. Vou sempre postar essas dicas de três em três pra não ficar muito insuportável, já que geralmente eu ouço muitas coisas diferentes todos os dias.

Volta sempre, viu? Vai ter bolo e música de gente louca nessa festa diferenciada.

Texto publicado originalmente em medium.com/@nebelin3


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