The Spirit, o filme: WTF?
* Essa resenha foi publicada dia 24 de Março de 2009 no meu blog pessoal
[ ATENÇÃO – POST COM SPOILERS ]
Então, meus caros, sempre que me pergutam sobre a minha opinião de Spirit eu não sei muito bem o que dizer. Eu só sei que achei engraçado.
A questão é: Seria Spirit um filme engraçado por ser engraçado ou por ser tosco?
Ok, like Jack, vamos por partes.
Eu acho que não me sinto no direito de entrar no mérito de criticar Mr. Frank Miller em termos de adaptação da história pois não li os quadrinhos. PORÉM, contudo, entretanto acho que posso falar por conhecer outros filmes muitíssimo bem sucedidos do rapaz, principalmente por ele estar lado-a-lado dos diretores nas produções e na direção dos filmes.
Não vou negar que achei o trailer FODA quando vi. Sou ignorante e, como disse acima, nunca li Spirit. A divulgação toda do filme no Brasil foi muito bacana, para tapar o rombo das bilheterias americanas talvez fosse necessário esse esforço mesmo. Mas aí entramos em uma questão interessante: Spirit foi vendido da forma correta?
Sobre o marketing do filme e a realidade das coisas:
O que tem de cenas caricatas e hilariantes de tão surreais no filme era simplesmente inimaginável. O que era Octopus de samurai e de nazista? Eu achei até interessante a cena que o Octopus fica muito P da vida por seus assistentes terem conseguido a caixa errada, a leitura “mangá” e tal, mas dentro do contexto do filme em geral é bizarro. E pra quem acompanhou a divulgação do filme sabe que a estranheza do filme que o público nas salas de cinema com certeza teria era absolutamente normal, nada a ver com o que é passado no trailer e com o que foi vendido nos esforços de comunicação.
Sobre Frank Miller e suas peripércias:
Sobre a parte técnica da direção, Frank Miller teve O DOM e a PERÍCIA de misturar as técnicas de 300 e Sin City. O M F G. O resultado pode até ter ficado interessante, mas MELDELS é muita cara de pau.
Sobre as personagens e seus desempenhos:
Em relação ao Gabriel Match acho que até se fosse uma adaptação fidedigna da HQ ele merecia o papel, tanto pela semelhança física quanto pela atuação. E ele é uma gracinha.
O mulherio do filme pode ser até agradável aos olhos, mas Scarlet Johansson como Silken Floss não me convenceu, muito fake (aliás ali o que não parecia fake?). A Sand Saref de Eva Mendes foi meio clichê (e acho que outras atrizes ficariam melhores). Ellen Dollan é fofa e e corninha (ops). Lorelei quase não dá pra saber o que é a atuação dela. Mas a personagem MAIS DESNECESSÁRIA EVER foi a Plaster Paris. Paz Vega, me desculpe, mas o filme poderia ficar sem você.
Mas o meu preferido so far é o Octopus do Samuel L. Jackson. QUE BIZARRO. Nunca imaginaria ele fazendo um papel tão caricata assim, eu gostei e odiei ao mesmo tempo, me surpreendeu.
Sobre as cenas que vale a pena lembrar
A cena mais bonitinha é do Spirit e da Sand Saref novinhos, e a narrativa da historia deles. Eu gostei, sou mulherzinha com ataques psicopatas, então achei muito bacana o desenrolar das coisas e como ela surtou com policiais tão novinha.
A cena mais bizarra, volto a dizer, foi com certeza a do octopus muito puto por descobrir que pegou a coisa errada. HUAHUAHUAHU. Morri. A bomba explodindo atrás dele, ficou bizarro³³ .
E claro, confesso que eu perdi o foco muitas vezes no meio do filme em cenas meio desinteressantes, e pra prestar atenção nas pessoas que estavam saindo da sala no meio do filme. Pois é, eu ainda fui super boazinha.
Post originalmente publicado em gatosecerebros.com
Kra, faça uma limpeza mental desse filme lendo as HQs do Will Eisner com o personagem. Frank Miller está caduco. =P